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Foto do escritorPam Ribeiro

Pelo fim das repetições de padrão



Por que às vezes você só precisa aceitar que está repetindo uma situação na sua vida. Calma, eu vou te dar um exemplo.


Tenho 27 anos, e no auge do mesmo percebi que minhas relações estavam num loop muito louco sobre, homens medianos que eu permitia que colocasse a mim, para baixo. E em dado momento eu pude notar que eu estava permitindo que fizessem isso comigo, porque nós mulheres de alguma forma, fomos condicionadas a nos colocar dentro dessa posição de aceitar o mais ou menos, e relevar.


Então, se acorda para vida, e toma as rédeas dela, entende? Entende que no final das contas, estava melhor estar só, do que continuar preenchendo um buraco existencial, com aqueles que não podiam, nem poderiam. Porque não era sobre isso, sobre colocar alguém ali para te salvar. E claro, com muita terapia, e trabalho de autoconhecimento, fui tomando consciência dos meus padrões.


E aquilo, continuou a se fazer presente, até eu dizer chega. Não quero mais assim, e pronto. Cortamos. Cortes necessários. Cortes de padrões.


Ou seja, em algum momento da sua vida, você precisa tomar nota dessas questões, e como a maioria delas, vem de crenças limitadoras, de condições que o sistema patriarcal adoecido coloca em cima de nossas costas, mas também, a nossa autorresponsabilidade nisso.


Assim, o que acontece, que nós mulheres não somos amadas nesse mundo, falta carinho, falta afeto, e essa falta nos causa uma deficiência afetiva, aonde acabamos por aceitar qualquer migalha que nos ofereçam e que seja minimamente aceitável.

É isso o que a gente faz com as nossas relações, a gente sabe que esses caras não são incríveis, que são medianos, mas… male, male, porque não? Melhor que nada, né? Melhor do que estar sozinha e essa é a questão, no final, o resultado é o mesmo, o cara te tratando como cocô, e você triste porque novamente se colocou numa relação que não tinha futuro, mas no FUNDO você SABIA.


Daí, essa voz, essa INTUIÇÃO, que nos falta ouvir.


Aí, cabe a nós assumir que somos e merecemos mais, entendendo que não é sobre ser superior, mas que a vida é muito foda, e que nossa história é cheia de uma tanto de experiências que nos possibilita ver a realidade para além das regras que nos impõe.

Cabe a nós nos permitir soltar das correntes desse amor patológico, dependência emocional, e resgatar as asas que um dia nos ousaram tirar.


E isso vale para todo mundo, obviamente.


Para várias situações da nossa vida, trabalho, família, amigos…

Os comportamentos repetitivos ele veem relacionado a uma construção social, familiar… Nós repetimos porque nos falam para não deixar de insistir, mas esquecemos que se tratando em insistir, nós temos que fazer isso através de nossa verdade.

Aquela coisa do “é errando que se aprende”, mas a gente precisa errar tanto assim para entender que a coisa não ‘tá boa? Principalmente, e se tratando das nossas relações? Não, não precisamos.


Uma hora a ficha cai.

(Ainda bem!)

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